Não quero te prender,
te engaiolar;
não quero com meus zelos
matar o teu cantar.
Quero-te livre,
solto,asas abertas
voando bem alto.
Assim pensava
seria meu sentimento.
Entretanto,eu mesma,
criei pra ele prisão
em meu castelo;
podei suas asas
abafei seu canto,
jamais o deixei voar.
Hoje,ao perceber
o erro cometido,
tentei libertá-lo.
Inútil tentativa:
estava velho,
mudo e morto.
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Sonia Regina/1990