QUEM SOU EU...


"Ninguém pode calar dentro em mim esta chama que não vai passar, é mais forte que eu e não quero dela me afastar....



Eu não posso explicar quando foi e nem quando ela veio, mas só digo o que penso, só faço o que gosto e aquilo em que creio..."(Maysa)



Com as outras dores fazem-se versos...com as que doem,grita-se! (Fernando Pessoa)













Quem "grita" como eu......

sábado, 31 de janeiro de 2009

S.O.S



Precisava de você
hoje, em emergência:
do seu voo, leveza e ternura,
sua força contida, represada...

Precisava lhe olhar, mesmo sabendo,
que meu olhar, pra você, nada representa,
é apenas um olhar:
"...alguma coisa errada?..."

Não, animal à espreita,
nada está errado,
a não ser a sua distração
não o deixando escutar
o bater descompassado
de um coração cansado
por tanto tempo parado.

Surge você e ele se descompassa,
perde o passo, se despedaça e,
envergonhado se cala... isso passa...

No pensamento, sonhos tolos,
atrasados nos anos, no passar do tempo,
insistindo em criar lendas
e contos, de fadas e samurais.

Amo você tarde demais!!!

Sonia Regina, fevereiro 1990

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

DESAFIO LÚDICO


Ele queria partir;

ela pedia que não.


Ele a olhou friamente

e em um segundo

seus sonhos foram ao chão!


Sonia Regina

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

AMOR NO TEMPO DO LP


Nosso amor foi

o tempo de uma flor,

a fumaça de um cigarro,

a face de um long-play.


Nosso amor vai acabar,

eu sei:como chuva de verão,

como bolha de sabão

que eu soprei no ar e "plic",

se desfez!!!


Sonia Regina, 1963

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O FIO PARTIDO



Era tecelã de sua vida. Tecendo seu tapete pretendia contar a sua história e a de seus queridos. Fazia-o com capricho, com o cuidado de traçá-lo em fio único, sem emendas. O fio com que trabalhava não podia romper-se e, para isso, procurava ter gestos e atitudes leves para que nada interferisse em seu trabalho que deveria ser perfeito.

Procurava tecer quase todos os dias, alguns, demorando mais horas, outros, apenas alguns minutos, sempre com o longo novelo preso em suas mãos e com cuidado para que o fio não se rompesse. Tapetes valiosos são urdidos com fio único, esse é o grande valor de um bom tapete. Variava os motivos de sua arte; bordava flores, pássaros, crianças, adultos... tecia amor.

Assim o fez por muitos anos e naquele tapete ia relatando as fases de sua vida. Pessoas à sua volta admiravam-se com sua paciência e perseverança; sua tranquilidade, sua habilidade, seu saber. Insistiam para que desistisse, afinal aquela preocupação em manter o fio único,pensavam elas, era uma tortura. Não para ela...

Eles não sabiam que a intenção que tinha era deixar gravado no seu tapete tecido com fio sem emendas todos os momentos que passara com seus amados. Quando partisse para Deus, se não continuassem seu trabalho, ao menos teriam ali, por inteiro a história difícil, e por isso linda, que viveram juntos.

Porém, o tempo passa, as mãos ficam mais trêmulas, a paciência decresce e, um dia, ao tecer, distraiu-se e num gesto mais brusco puxou o fio com excesso de força e... ele se rompeu. Olhando aquele fio partido pensou que tudo havia se acabado, seu trabalho de tantos anos... Mas era teimosa e resolveu experimentar emendar o cordão. Até o conseguiu e pensou: - Quem sabe ninguém percebe e posso continuar a tecer.

Continuou, mas a medida que o trabalho se desenvolvia a marca do fio partido, a emenda, tornava-se mais visível. Era uma falha impossível de não ser vista. No entanto, prosseguiu assim mesmo, sempre com um peso no coração e com as mãos entorpecidas pela certeza do erro. Não interrompeu sua trama.

Agora as pessoas já não a olhavam com admiração, achavam graça da insistência dela. Para quê tecer um tapete defeituoso que não teria valor algum? Esqueciam-se do tempo em que o fizera com perfeição.... Alguns anos depois era chegada a hora de encontrar-se com Deus e nos últimos instantes nesta terra pediu aos que a rodeavam que a envolvessem em seu tapete, pois se não tinha valor queria levá-lo consigo, de nada valia deixá-lo com eles pois suas histórias haviam se rompido com aquele fio partido.

Para surpresa de todos ao esticarem o tapete para fazer o que pedira, o próprio peso do trabalho fez com que o defeito se acomodasse e não fosse mais percebido. Ela sabia que ele estava lá, mas seus queridos diziam que deixasse o enorme tapete com eles pois não viam nada que o desvalorizasse.

Não a convenceram, ela sabia do seu erro e seguiu para Deus envolvida no lindo tapete tecido em flores, pássaros, crianças e adultos. Lá, onde Deus habita pretendia oferecê-lo aos anjos que, por sua pureza, não fazem julgamentos, enxergam apenas a beleza das obras que realizamos....

"Errei ao tecer meu tapete, mas não no amor com que o teci."

Sonia Regina / maio de 2008

sábado, 24 de janeiro de 2009

EU E O RIO


foto do artista João Menéres,do blog Grifo Planante

Rio,caminho que anda,
e vai resmungando,talvez,uma dor.
Ah! quanta pedra levaste,
quanta pedra deixaste,sem vida e amor.

Vens,lá do alto da serra,
o ventre da terra,rasgando sem dó!
Eu também,venho do amor,
com o peito rasgado de dor e tão só!

Não viste a flor se curvar,
teu leito beijar e ficar lá pra traz.
Tens a mania doente de andar só pra frente,
não voltas jamais...

Rio,caminho que anda,
o mar te espera,não corras assim...
Eu sou o mar que espera,
alguém,que não corre pra mim...

Luiz Antonio,postado por Sonia Regina.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

IMOBILIDADE



Soltar-me como o vento; deslizar na areia, rodopiar nas dunas, encapelar o mar.

O tempo passou, a vida passou, o vento não soprou e eu fiquei assim: imóvel!

Sinto saudade de mim, de você, de nós...Tudo morto, enterrado. Só essa chama ardendo em meu peito...

Sonia Regina /1986

domingo, 18 de janeiro de 2009

O PÁSSARO


Como suportar dias sem te "ver"?
Como viver sem teu "sorriso",
teu jeito de falcão pronto pra voar?
Preciso de tua energia,
tua força, tua magia.
Queria-te, agora, ao meu lado,
só meu, no meu tolo brincar
de faz-de-conta.

Foste "entrando" em minha vida
sem licença,
invadindo cada pedaço de mim;
porque vivo em pedaços.

Fui fazendo-me forte,
fui crescendo, mesmo de mentira,
cada dia sendo mais tua.

Hoje, tanto te precisava
pra me energizar,
sem culpas, minha ou tua,
tua falta se fez.
Doeu não te "ver",
não "sentir" teu olhar.
Como te saber tão amado?

Te amo, sim,
te amo em tua "figura"
simples e terna,
forte e doce!
Ponho-me a imaginar
o "toque" leve de tuas mãos
em meu rosto, em meus braços...
e meus sonhos seguem adiante
até que eu adormeça...

Sonho com a segurança
ao lado da tua paz,
junto da tua força,
sabendo com o teu saber.

Se nunca mais eu te "visse",
por dias fatais ou "desencontros",
saiba que foram meus últimos
dias de emoção,
emoção unilateral,
sem volta, sem resposta,
sem que sequer saibas
que ela existe.

Mas meu coração bateu,
respirou, voou como garça,
tocou violão, acarinhou pássaros,
sempre contigo e em ti
sem que sequer o notasses.

Te amo, sem que o percebas,
sinto falta de "gestos" e "carinhos"
que não tive,
morrendo mais depressa
antecipando a dor
do nunca mais te "ver"...

Virá, então, a saudade
do pássaro mais doce,
mais leve, mais forte,
mais terno, mais colorido
e querido que já existiu!

***


Sonia Regina, fevereiro / 1990

sábado, 17 de janeiro de 2009

Selo Prêmio Dardos



“Com o Prêmio Dardos reconhecem-se os valores que cada
blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos,
literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram a sua
criatividade através do pensamento vivo que está e
permanece intacto entre as suas letras, entre as suas
palavras. Esses selos foram criados com a intenção de
promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma
de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho
que agregue valor à Web.”

As regras são as seguintes:

1) Exibir a imagem do selo;
2) Linkar o blogue através qual você recebeu a indicação;
3) Escolher 15 outros blogues a quem entregar o Prêmio Dardos


Repasso esse prêmio para todos os meus amigos,
como tb para todos os seguidores do meu espaço!

Bom domingo para todos!

Sonia Regina.

Selo Blog De Ouro



Recebido de Sonia Schmorantz(http://schsonia.blogspot.com) e repassado por Ana de Pelos Caminhos da Vida,este selo é atribuido só a mulheres. As regras, para quem o receber, são: exibir imagem do selo; linkar o blogue pelo qual voce recebeu a nomeação; escolher 6 mulheres a quem entregar o BLOG DE OURO, deixar um comentário nesses blogues para que saibam que ganharam o prêmio.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

DANÇANDO NAS NUVENS


Mais de meio século se passara desde que nascera. Era feliz consigo e com o que conseguira realizar, mesmo com escolhas erradas. Gerara, parira, educara três filhos já crescidos e aparentemente felizes, felicidade é um estado muito particular de cada um. Sentia orgulho da formação com que conseguira lhes moldar, do trabalho realizado neles e por eles.

Gostava de livros, todos e quaisquer, mesmo que fosse para exclamar ao terminar de lê-los: -Detestei!!!
Amava escrever. A palavra escrita a fascinava, assim como o som delas. Elaborava listas de palavras "deliciosas"e "odiosas"; palavras-mulher"e "palavras-homem", só pelo prazer de desenhar as letras e, ao lê-las ouvir a sonoridade delas.

Era capaz de assistir a filmes seguidos pela madrugada afora. Quando algum a encantava, via-o repetidas vezes em busca dos detalhes e nuances que o formaram.
Havia as músicas, essas escolhidas com cuidado, apenas aquelas que lhe invadissem a alma, aquecessem o corpo e a fizessem levitar em pensamento e na prática, pois quando as ouvia, punha-se a dançar e flutuava... Isso quando estava só e como gostava de estar consigo mesma!

O marido, sempre ausente, mesmo que na sala ao lado, os filhos vivendo suas vidas, e ela...gostava mesmo de estar só. Seu tempo sozinha preenchia-o por inteiro, quando não era insuficiente.

Certo sábado ela, filho, nora, filha, genro e a filha caçula foram a um casamento.
Durante o ritual religioso manteve-se impassível com sua opinião crítica, ferina sobre aquela representação. Tudo lindo, perfumado, musical e mentiroso. Gostava de atos significativos e, ao seu ver, só ela entendia o significado real daquela cerimônia.

Refletia na futilidade da pompa, que em tempo algum fez alguém feliz, nos gastos inúteis, nos cumprimentos estéreis...
Seguiram para a recepção: linda, muito mais do que esperara.

Ainda é tempo que se diga, ela também estava se encantando consigo. Sentia-se bonita, bem vestida, bem maquiada, tudo em acordo com a sua idade. Gostava de si: do seu rosto, de seu corpo magro, de seu porte, de seu jeito. Admirava-se consigo mesma mais do que se admirara quando jovem. E olha que os que a conheceram diziam que era muito "linda, muito cheia de graça!

Gostava de ser como era e sabia que os filhos a admiravam também.
A festa desenrolava-se perfeita, a conversa corria alegre, até que a música foi solta pelo salão, enchendo-o com aquelas melodias que preenchiam as carências que seu coração precisou aceitar; inteira, recheou-se de sons.

Todos os que estavam à sua mesa levantaram-se para dançar, estavam aos pares e ela estava só, como sempre, o marido esquecido dele mesmo na sala de casa, frente à televisão.

Ali ficou ela, com as músicas que amava, o repertório perfeito que a fazia esquecer onde estava, que o tempo passara...
O ritmo batia dentro de seu coração, em sua alma e ah! como ela desejou dançar,flutuar como fazia sozinha em casa. Pela primeira vez sentiu um gosto de solidão, sentiu-se abandonada e com vontade de abandonar-se à música. Chegou a pensar em sair dançando: o pudor não o permitiu. Estava acostumada a estar só.

Começou a inquietar-se, a cantar baixinho os versos e as melodias, sabia-os todos, e viu-se como deviam vê-la: uma senhora que os filhos levaram à festa e que deveria comportar-se como tal.

Sentiu que ia chorar, de raiva, de pena por não aproveitar aquelas melodias tão lindas. Seu corpo, sua alma pediam para dançar, uma censura severa dentro dela a impedia.
A filha aproximou-se e convidou: - Vem mãe! Você dança "tão bonitinho"...

Ela não foi. Ela não dançava "bonitinho", ela flutuava, ela levitava!
Aproveitou a animação de todos para sair sem ser vista do salão e, pelas escadas, ia ensaiando seus passos flutuantes que realizava tão bem e a faziam tão feliz.

Desceu, solidão esquecida, apenas sozinha e dançou pela alameda do clube, calçada de paralelepípedos sob os olhos do segurança que ensaiou um sorriso, imaginando-a de pilequinho.

Em direção à rua tropeçou nos saltos dos sapatos de camurça, finos e altos, que não estava habituada a usar e se prenderam às pedras do calçamento. Tirou-os e, pés no chão, a música soando lá dentro penetrou inteira em seu corpo, cérebro, alma.

O segurança foi a única testemunha daquela "coroa loura, bonitona ainda" que atirando os sapatos para que ele os pegasse foi subindo em direção ao céu dançando, flutuando e sumiu entre as estrelas. Contou ele, ainda, que durante alguns segundos sua sombra apareceu contra a lua cheia para logo desaparecer atrás dela, sempre cantarolando e dançando... sozinha.

Quando os filhos a procuraram, além do relato, receberam do rapaz, em estado de perplexidade,o par de sapatos de camurça pretos, saltos altos e finos, só usados em ocasiões especiais...

...Quem não expõe seus talentos,dança nas nuvens...

Sonia Regina,1999

domingo, 11 de janeiro de 2009

DOMINGO


Dias de domingo,
dias vãos,
dias sem sentido,
dia de dizer não.

Domingo sempre é preciso
ter algo pra se fazer.
Domingo é obrigatório
reunir, falar, sorrir.

Domingo, dia sozinho
dos que sozinhos estão.
Não tem banco,
não tem fila,
sequer uma obrigação.

O que fazer do domingo
quando ficamos tão sós
quando ficamos perdidos
dos que vivem perto de nós?


Domingo que dia horrível!
***


Sonia Regina, 17 / 01 / 1999







sábado, 10 de janeiro de 2009

SORRIR,SEMPRE!



Fomos forjados em força e alegria, em saúde e bem-estar, em paz conosco. No entanto isso incomoda aos espíritos pobrezinhos: onde buscamos tanta alegria de ser e estar nesta terra que para tantos é sinônimo de sofrimento?

Ergamos a cabeça, limpemos o coração de mágoas que só mal nos causam.

Como desejarmos anjos perto de nós se eles não sabem lidar com lágrimas, só sorrisos e canções, mesmo as mais dolentes.

Esqueçamos as pedras que nos atiram pois nossa dor vai passar e quem vai responder por isso será quem as atirou.

Não temamos, para tudo há conserto e temos direito à nossa liberdade espiritual, mental e física.

Cuidemos de nosso corpo como o templo da vida e dos que se importam conosco. Viver é muito mais que a mediocridade a que, por ventura, queiram nos obrigar.

A ordem divina é sorrir, sorrir sempre, mesmo nos momentos mais complicados e mesmo que nosso sorriso esteja apenas em nosso interior.


Sonia Regina, 16 / 01 / 1997

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

RELÓGIOS PARADOS


imagem,obra de Salvador Dali
******************************************************************************

Quando os relógios param
a vida deveria parar, também,
e aí, quantos minutos
e dias poderíamos deixar passar
sem registro
e tantos outros se prolongariam
no infinito.
***
Sonia Regina, 23 / 09 / 1992

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

MINHAS ORIGENS


Nasci em Niterói e são de lá minhas melhores lembranças.Nasci em uma casa pequenina e adorável que até hoje lá se encontra exatamente do jeito que sempre foi... Aos cinco anos mudamos para uma casa maior, com varanda, jardim,quintal e árvores frutíferas; ficava no bairro da Boa Viagem que é essa praia que aparece na foto.


Neste bairro e nesta praia vivi os momentos mais felizes de minha vida! Deste lugar são minhas melhores lembranças...Íamos à praia no verão e no inverno, com sol ou chuva. Lembro-me que em 1958, quando o Brasil ganhou a Copa do Mundo chovia muito e fazia frio e nosso grupo foi para a praia para ouvir o jogo, todos de maiô (não se assustem era 1958) e calção de banho e por cima agasalhos de lã.

Para nos proteger da chuva armamos a barraca de sol e ali ficamos torcendo, felizes. Inesquecível!!! Neste bairro cresci, vi meu pai partir para nunca mais e encontrei meu primeiro namorado, exatamente no dia em que minha irmã mais nova nasceu... Chamava-se Edgard e nunca existiu amor mais bonito nem mais puro.



Às quartas, sábados e domingos nos encontrávamos às quatro horas da tarde e nos sentávamos no mesmo banco, sempre, da praça Nilo Peçanha. A praça e o banco ainda estão lá.. "A mesma praça o mesmo banco, as mesmas flores, o mesmo jardim..." Havia ainda os bailinhos na casa de Tio Zé e Tia Georgette, onde dançávamos ao som de Ray Coniff, The Platters, Elvis Presley e outros que me fogem à lembrança...

Dias abençoados e risonhos em que achávamos que todos os nossos desejos se realizariam... Não se realizaram muitos deles mas a minha praia, o meu bairro, a minha terra esses permaneceram e, de vez em quando fujo até lá para matar a saudade. Essa foto foi feita numa dessas escapadas... Aos poucos vou contar minhas histórias!!!

****
Sonia Regina.

MEME


MEME enviado por Olavo do blog Dúvidas e certezas de um homem de 50

SETE PECADOS

1) Gula: consiste em comer além do necessário e a toda hora;
2) Avareza: é a cobiça de bens materiais e dinheiro;
3) Inveja: desejar atributos, status, posse e habilidades de outra pessoa;
4) Ira: é a junção dos sentimentos de raiva, ódio, rancor que às vezes é incontrolável;
5) Soberba: é caracterizado pela falta de humildade de uma pessoa, alguém que se acha auto-suficiente;
6) Luxúria: apego aos prazeres carnais;
7) Preguiça: aversão a qualquer tipo de trabalho ou esforço físico.

Regras:

Passar para 8 blogs
Avisar e Linkar os blogs escolhidos
Publicar suas respostas no blog

1)Gula:Bombom recheado de castanha do Pará.

2)Avareza:Não possúo este pecado,ao contrário sou consumista em excesso!

3)Inveja:Tenho inveja de quem consegue controlar seus gastos.

4)Ira:Meu terapeuta declarou que fará um grupo de ajuda para "Mulheres Iradas",rsrsr!

5)Soberba:Não tenho este pecado;as pessoas dizem que me desvalorizo embora eu não pense assim.

6)Luxúria:Com certeza este pecado não tenho,mas nada contra,rsrsr!

7)Preguiça:Tenho preguiça em realizar tarefas que não me agradem,mesmo que sejam indispensáveis vou sempre protelando...


Repasso o MEME :
E o pensamento voa...

Eterno amor

Folhas avulsas

Anseios da alma

Encontro da saudade

Outros pensamentos

Fragãncias da alma

Senhora da lua

postado por Sonia Regina.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O OURO E A MADEIRA




Não queria ser o mar
me bastava a fonte,
muito menos ser a rosa
simplesmente o espinho.
Não queria ser caminho
porém o atalho,
muito menos ser a chuva
apenas o orvalho

Não queria ser o dia
só a alvorada,
muito menos ser o campo
me bastava o grão.
Não queria ser a vida
porém o momento,
muito menos ser concerto
apenas a canção!

O ouro afunda no mar,
madeira fica por cima;
ostra nasce do lodo
gerando pérolas finas!


Ederaldo Gentil,postado por Sonia Regina.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

FORÇA DA ÁGUA



Sonhar é sempre possível!
Tentar não é proibido!
Resistir é sempre tolice.
Sejamos como a água que, serenamente, molda a pedra, gota a gota. Nunca resiste, desliza suavemente na superfície áspera, se preciso, encontra atalhos e, na sua não resistência se encontra sua força incontrolável, invencível, cristalina.

Sejamos como a água: serenos, fortes, sábios, invencíveis!
***

Sonia Regina/1985

domingo, 4 de janeiro de 2009

BATIDAS NA PORTA



arte fotográfica de João Menéres do blog Grifo Planante


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Veio alguém,
bateu na porta:
vacilei,
não quis abrir.

Pensei que fosse
a tristeza
que viesse me perseguir.
Bateu, novamente, à porta...
desta vez não insistiu.
Desceu a escada
em silêncio
e para sempre partiu.

Partiu, deixando na porta
aquelas palavras fatais:
-Eu sou a Felicidade
e não volto nunca mais!!!

desconheço o autor, postado por Sonia Regina.

sábado, 3 de janeiro de 2009

UMA HISTÓRIA PARA VANUZA PANTALEÃO




Corria a década de 60, acredito que 1965 e eu aos 21 anos, já formada professora, gostava muito de cantar, para ser absolutamente sincera, sentia-me cantora, tocava um violão, ou pensava que o fazia. Naquela época o termo era "bater um violão".

A mocidade era mantida sob controle dos pais e, com o meu irmão mais velho,tinha que ser, sozinha jamais, frequentávamos um clube na Tijuca que às quartas-feiras oferecia em sua programação uma "noitada":"O devaneio musical", rsrsrs!

Ficávamos, um grupo de jovens, alguns tocavam, a sério,instrumentos, a conversar, cantar muito e nos maravilhando uns com os outros e conosco mesmos. Nos sentíamos os artistas.

No clube víamos a noite passar para desespero de minha mãe, pois no dia seguinte eu tinha que ir trabalhar, em Bangu, e lá chegar às sete horas. Pobre mãe que me esperava, por volta das cinco com um copo de leite OFCO ( foi o pai dos leites integrais de caixinha) , que era considerado o leite mais forte e saudável. Eu era magrinha, aliás ainda sou, e a mãe preocupava-se com a minha saúde.

Muitas vezes, muitas mesmo, nos finais de noite apareciam artistas verdadeiros por lá, creio que também estavam terminando as suas noites e iam ver o que aqueles jovens metidos faziam, alguns elogiavam, devia ser por estímulo. Por lá passaram Wilson Simonal ( eu até fiz um dueto com ele) ,Tim Maia, Jorge Ben, Ellen de Lima, compositores, músicos.

Certa noite por lá surgiu,com um grupo um homem magro, bonito, pálido e interessante, principalmente por ser mais velho que o grupo em geral, talvez uns vinte ou trinta anos a mais o que não lhe diminuía o encanto.

Sentou-se conosco, tomou cerveja e alguém entoou a canção "Estão chegando as flores". O grupo fez coro e ele tomou parte nele. Quando a canção terminou todos aplaudiram, na verdade a si mesmos, pois nos achávamos o máximo.

A voz de um dos que chegaram com ele nos perguntou se conhecíamos o autor da música que era nova nos repertórios. Ninguém respondeu e ele nos foi apresentado: - Este é o Paulo Soledade, o autor deste hino que acabaram de aplaudir.

Nós ficamos meio sem graça, e um de nós, para dizer alguma coisa declarou que era a Saudação à Primavera da MPB. O Paulo tornou-se sério e disse que a música era uma saudação à vida. Relatou que estivera seriamente doente (teve tuberculose) e quando começou a sentir-se melhor, pela janela, viu a beleza do sol, reparando que chegavam, vindo pela rua, sua mulher e sua filha e sentiu-se agradecido por estar se recuperando, confessando que dali para diante olharia com mais cuidado por sua saúde (daí o nome da canção ser "Estão chegando as flores!)

Todos ficaram em silêncio, aquele que baixa quando se sente que se fez algo errado e daí ele deu um sorriso cativante e pediu ao conjunto que tocasse a música novamente. Desta vez, ele mesmo iniciou o canto com um sorriso iluminado. Logo todos já cantávamos juntos e neste dia vimos o dia clarear.Confesso que meus alunos, no dia seguinte, não tiveram aula,pois a professora faltou...

Confesso, também, que fiquei algumas semanas sem frequentar os Devaneios: a mãe da professora-cantora a deixou de castigo e ela obedeceu!!!

***

Sonia Regina
....................................................................................



ESTÃO CHEGANDO AS FLORES



Composição: Paulo Soledade



Vê, estão voltando as flores
Vê, nessa manhã tão linda
Vê, como é bonita a vida
Vê, há esperança, ainda

Vê, as nuvens vão passando
Vê, um novo céu se abrindo
Vê, o sol iluminando
Por onde nós vamos indo


postado por Sonia Regina.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

VERSINHO


Minha casa está à minha espera
e eu vou ficar na janela
só pra ver o sol nascer
e, quem sabe, pela rua,
quando o dia clarear
ver você aparecer.

***


Sonia Regina, 24 / 05 / 1992

NITERÓI, LUGAR ENCANTADO!!!

NITERÓI, LUGAR ENCANTADO!!!
Luar dando espetáculo na praia da Boa Viagem!"